Friday, June 22, 2007

A revolução não passa na televisão

A revolução não passa na televisão. Nem na rádio. Nem nos jornais.

A maioria dos que (ainda) lêem este blog receberam o meu e-mail.

Quero dizer que os blogs são das maiores e melhores invenções da actualidade. Esta é a forma de informação mais consumida em todo mundo. Todos os dias.

A televisão, as rádios e os jornais têm donos e patrões, e empregados (a quem chamam jornalistas). Em suma, a informação é um negócio. Ou melhor, foi um negócio.
A blogesfera é um meio de comunicação a cima de qualquer influência política, de qualquer acessor de imprensa, de qualquer editor, de qualquer jornalista. "Porque os bloggers não precisam dos visitantes para comer."

Sobre o caso “Do Portugal Profundo” muita tinta irá correr, ou melhor: muitas teclas irão ser batidas.

O facto do professor do Instituto Politécnico de Santarém ter sido constituído arguido e testemunha no processo do Dossier Sócrates, não foi por acaso.

A gentinha que anda na política, as pedras nos sapatos e os pelos encravados na virilha incomodam. (muita gente). Na terrinha desta gentinha os honestos e leais são decapitados em praça pública. E servem de exemplo para os que se atreverem a querer saber mais do que o acessor de impressa tiver para dizer. Ou seja, se queres saber a verdade, das duas uma: ou te calas, ou te calas.

Mas a questão que me coloco é: porquê o doportugalprofundo e não a grandelojadoqueijolimiano? A questão é simples: Lei da natureza. A leoa atacará primeiro a enfezada gazela, e só em último recurso atacará o búfalo.
O que é mais fácil de amachucar: um professorzeco de um politécnico (não estou a por em causa as qualidades do Professor e do Instituto) ou um grupo de (chamarei-lhes apenas) funcionários do Ministério Público?

A resposta parece-me simples: A revolução não passa na imprensa.

2 comments:

Joana said...

concordo!....não me teria expressado melhor...

RC said...

Boa Joana!

Para já vale a pena começar a ler muitos blogs.
É de graça e curiosamente informam melhor do que os típicos meios de comunicação tradicionais...e felizmente não se controlam tão bem.
Apesar de tudo, às vezes fico feliz por pertencer à geração que viu estas coisas acontecerem...(tenho o sonho de contar isto aos netos e observar o seu sobrolho franzido).