Wednesday, February 28, 2007

o Kit Tuga

A Bandeira
O Cachecol
A Cafeteira
O Café
O Bacalhau
A Garrafa de Ginja
A Garrafa de Porto

Afinal existe um kit Tuga.
Caso se lembrem de mais algum coisa que deverá existir no Kit Tuga avisem.

O amor é... (#2)

E assim foi...

Enquanto esperava para embarcar telefonei à Rita e disse desesperadamente: “Não quero ir!”. A Rita com a infinita paciência de quem já passou por esta situação 5000 vezes acalmou-me na sua voz reconfortante e disse: “Calma, sem pânicos, Joana”.

Enquanto ouvia a chamada para o embarque que levava a Andreia até Basel, a senhora da minha porta de embarque lá me disse que tinha excesso de peso na bagagem de mão. PÂNICO!!!!!

O telefone tocava enquanto a tipa me ameaçava com isto e com aquilo porque tinha bagagem a mais! Tirou-me o passaporte da mão e andou lá a ver coisas... Até que lhe exigi o meu passaporte de volta, enquanto me descosia pela primeira (e única) vez em lagrimas a falar ao telefone com o meu pai.

Felizmente lá consegui passar com a bagagem, que a remeteram para o porão (sem custo adicionais). O que fez com que eu conseguisse trazer cerca de 55 Kg numa só viagem, sem custos adicionais!!!!

A viagem foi fixe, não fosse a senhora gorda que ia ao meu lado fazer questão de se levantar precisamente nos momentos em que estava a dormir.

Chegada ao aeroporto percorri o longo labirinto até ao tapete de recolha das malas e saída, foi então que encontrei o Tanguy: o belga mais gentil da Europa. Que me levou até ao meu quarto em Gent, me ajudou a carregar as malas, a mudar a mobílias, ... enfim ajudou-me a sentir mais confortável neste dia de tantas emoções.

Agora estou deitada na minha caminha, a escrever mais um post, com fome, cansada, ...

Despedidas...

As time goes by...



O amor é... (#1)

Monday, February 26, 2007

A Praia (# 2)

Infelizmente só tenho imagens da Praia.

Sunday, February 25, 2007

A Praia

Aproveitei este fim-de-semana para me despedir do cheiro da maresia e da areia grossa de Peniche. Vim passar o fim-de-semana à minha casa de praia, em São Bernardino, a 8 Km de Peniche.

Se Peniche é uma cidade peculiar, caricata e tranquila. São Bernadino é uma aldeia pitoresca, com velhinhas que sobem e descem vagarosamente a estrada com 15% de inclinação que liga o cimo da aldeia à praia. Ao contrário de muitas aldeias tornadas vilas ou mesmo cidades nesta zona, São Bernardino mantém alguns traços da aldeia de pescadores de outrora. Não desminto, que o mercado imobiliário cresce por estas bandas, e que isso tem vindo a descaracterizar a zona.

No Inverno, São Bernardino, tem sido ao longo de 6 anos um local onde em geral se entra em rota de colisão com a paz, calma, sossego, descanso, e onde se pode repor as horas em débito durante a semana. E em casa há sempre vinho tinto quente para acompanhar as deliciosas refeições que a minha mãe prepara.

No Verão, tem sido uma praia sossegada, longe das confusões do Algarve, com espaço para se estender uma toalha com 2 m2, com uma esplanada onde se pode comer búzios, caracóis, amêijoas à Bulhão Pato, navalheiras (nome dado pelos nativos aos caranguejos), e muitas outras iguarias, bem acompanhadas por uma imperial. E em casa há sempre vinho verde ou branco para acompanhar os petiscos de marisco preparados pelo meu pai.

Quando os termómetros subirem em Gent, é certo que as saudades de São Bernardino, vão aumentar.

Friday, February 16, 2007

A minha Prima Vera

Alguém (a Mary) disse num outro blog (Balão d' Ar) que a música "Águas de Março", um fabuloso dueto de Elis Regina e Tom Jobim, é uma música para sorrir. Ao qual eu intrepetei que fosse uma música para sorrir no Verão.
Aqui vos deixo a música para sorrir na Primavera.



Não sou especialmente fã do videoclip, mas a música é boa onda!

Tuesday, February 13, 2007

Um velho amigo, e também uma nova amiga (?)

A minha viagem de Faro até Bruxelas teve um episódio engraçado. Talvez até mesmo um pouco romântico.

A história começa no aeroporto de Faro, enquanto esperava pela hora do embarque, estavam umas belguitas (da Flandres): loiras, olhos claros, giras qb, … que estavam a fazer um “cagaçal” e a demonstrar o que tinham aprendido de português na sua estadia por terras lusas. Foi nesta altura que trocamos uns olhares e umas expressões mais simpáticas.

Fiz o voo de 3 horas a tentar dormir, o que na verdade se revelou uma tarefa árdua, já que ao meu lado estavam duas belguitas (também da Flandres) histéricas, atrás estava um tipo que gostava muito de dar pontapés no banco da frente e à frente um puto com um ano, que passou as 3 horas a chorar.

Felizmente o meu suplício acabou quando aterrei em Charleroi. Mas outro pior estava para começar: transportar cerca de 40 kg em bagagem sem rodinhas! Lá consegui arrastar (sim foi mesmo arrastar) uns 30 kg (10 kg levava às costas) de bagagem até ao balcão onde iria comprar os bilhetes do autocarro que ligam Charleroi a Bruxelas. Foi já com os bilhetes na mão e a caminho do terminal, que uma das belguitas (das primeiras, as que estavam a fazer o “cagaçal” em Faro) me entrega um papel dobrado, e me diz de fugida: “I hope you enjoy your stay in Belgium”.E desapareceu.

Pus o papel no bolso, e arrastei-me até ao dito terminal.

Cheguei a Bruxelas, à estação de Brussels Midi/Zuid onde tinha encontrar-me com um dos maiores e melhores belgas que conheço: o Tanguy. Enquanto esperava pelo Tanguy, passaram por mim uns quantos “índios” (vulgo, tipos com mau aspecto) e via os minutos a passar, o Tanguy sem aparecer (porque andávamos desencontrados) e o meu medo aumentava estupidamente (porque pelos vistos a estação é bastante segura).

Foi então que me lembrei de ver o que é que a belguita tinha escrito no papel.

Agora a minha dúvida é: será que ela acha que eu sou lésbica, ou é apenas o início de uma amizade?

Depois da tempestade vem a bonança

Estou neste momento no aeroporto de Charleroi, de regresso a casa. A minha incursão em terras belgas para arranjar uma casa chegou ao fim, felizmente com sucesso.

Isto quer dizer que já tenho tecto onde pernoitar durante os próximos 6 meses.

A casa em si, não tem o conforto do meu lar da Rua Maria, em Lisboa. Mas é difícil pedir uma coisa deste género, quando a maioria das casas em Gent são construídas para estudantes, ou seja, para pessoas que não pretendem passar muito tempo em casa, e que de certeza que não despenderam mais do que 7 anos lá.

No entanto, o quarto é bastante bom. E o melhor é que é espaçoso, daí que consiga acolher cerca de 4 pessoas ao mesmo tempo. Por isso meus amigos: está uma lista das companhias aéreas low cost (ou próximas disso) que conheço na secção dos links, e comecem a procurar voos para Bruxelas (Aeroporto Internacional de Bruxelas (Zaventem), ou para Charleroi).

Depois do dia tempestuoso de ontem, tive uma manhã de bonança. O sol brilhou durante umas horas nos céus de Gent, o que me fez bastante feliz por puder utilizar os meus óculos de sol. Claro está, que foi sol de pouca dura, pois começou a chover, mas mesmo assim deu para alegrar o meu dia. Talvez por isso, hoje consegui ser produtiva: dormi o suficiente, o sol brilhou, a conjuntura perfeita para encontrar o melhor quarto, assinar contracto, arranjar um número de telemóvel, e fazer compras.


O dia perfeito para uma mulher em qualquer parte do mundo.

(Escrito ontem, Segunda-feira, 12/02/2007)

Sunday, February 11, 2007

I will survive

Grande parte das estrofes da música desta música da cantora dos anos 80 Gloria Gaynor, poderiam descrever o meu estado de espírito nas últimas 48 horas.

Mas na verdade acho que é mesmo a música “The Awakening of a Woman” do álbum “The Man With a Movie Camera” de Cinematic Orchestra que melhor descreve os meus últimos dois dias, desde a despedida melodramática no aeroporto de Faro até ao momento em que bebi uma cerveja e achei que ia morrer.

A música em si não tem letra, portanto não sei muito bem explicar como é que esta música se encaixa como uma luva nos meus sentimentos. Parte pode ser explicada pelo nome da música. Outra parte poderá ser explicada por ser uma das músicas que tenho no MP3, neste momento.

De qualquer das formas a música é lindíssima.

Vota SIM, para mudar esta Lei!

Estou a escrever do hotel razoavelmente confortável (dado o preço por noite que irei pagar) situado no centro de Gent. A primeira notícia que me chegaram de Portugal, neste fim de tarde, é que mais uma vez a abstenção terá saído vitoriosa de mais um acto eleitoral.

Os porquês são diversos e complexos. Em primeiro lugar, se queremos realmente combater a abstenção deve-se mudar as regras para o voto antecipado.

Esta é a segunda vez que me abstive (à força) de votar.

Pelas duas vezes, estive decidida a passar por toda a burocracia (ir à Junta de Freguesia, ir à Câmara Municipal, provar que tinha um impedimento, escrever um pedido por escrito, votar e selar), e pelas duas vezes soube que não preencho os requisitos de uma cidadã cumpridora dos seus deveres cívicos, já que não sou militar, atleta em representação de Portugal, trabalhadora em transportadoras de longo curso, doente internada, nem estou presa.

As vezes, dou comigo a pensar, se a obrigatoriedade de participar num acto eleitoral (como acontece no Brasil) não fará mais sentido, havendo sanações para os incumpridores. Por mim podia-se tirar a parte das sanções/ penalizações mas deixar a parte da obrigatoriedade em votar. Ou pelo menos mudar esta lei estúpida das condições mínimas para puderes cumprir os teus deveres como cidadão.


E que tal propor um referendo?

Looking for a Room in Gent

No meu primeiro dia em Gent, estive para morrer.

As saudades da família e namorado apertaram, e para além disso tive a brilhante ideia de me encontrar com um dos tipos que me ia mostra a sua casa, num bar. Até aqui o normal, mas depois bebi uma cerveja belga… E as coisas pioraram consideravelmente. O álcool do fermentado de malte (vulgo, cerveja) subiu-me a cabeça de uma forma rápida e estonteante, o meu inglês (que já não é bom) piorou consideravelmente, e depois como me apercebi disso, ficou tudo ainda pior.

Para melhorar a situação, o rapaz trouxe uma bicicleta para me guiar até casa. Agora, apelam a vossa imaginação e tentem visualizar uma tipa que não guia uma bicicleta há uns 15 anos, bêbada, em Gent, com um gajo (feio e) desconhecido, a andar de bicicleta. Das primeiras imagens que vos deve vir é uma espalho de todo o tamanho. Pois, não ficaram longe da realidade. Estava eu toda contente porque afinal o ditado era verdade, quando se não o meu guiador da bicicleta, fica preso no casaco dele, e eu dou um tremendo trambolhão, enquanto o paspalho fica com aquela cara de “Fogo, raio da tipa, que para além de estar com uma bubadeira, não sabe andar de bicicleta”. A atrapalhação aumentou para o dobro, mas lá consegui chegar a casa do moço sem haver mais nenhum sarilho.

O moço lá me mostrou a casa, que na verdade é muito grande, espaçosa e afins… mas parece uma casa okupada de tão degradada que está! Até a casa okupada da Ana Maria tinha melhor aspecto, e de certeza que o pessoal lá não pagava 250€ por mês.

Tentei fugir o mais depressa possível dele e daquela casa. E assim que me consegui livrar do moço, comecei a andar errantemente pelas ruas de Gent. Passando por turcos que me aliciavam a qualquer actividade mais ilícita, e foi no meio do bairro turco, Rabot, que descobri porque é que a cerveja me deixou neste estado lastimável: não comia nada há umas 8 ou 9 horas.

Agora, no refugio do meu quarto de hotel ((des)confortável) espero ansiosamente pela 20h de Portugal ou pelas 21h daqui, para saber os resultados do referendo. Penso nos erros gramaticais dados nas últimas 2 horas, e como esta situação seria muito mais fácil se não estivesse bezana, e com umas 8 horas de sono dormidas…

Afinal, estou de férias...

Mas o que me apetece mesmo é morrer…

Saturday, February 03, 2007

Voltando ao mesmo

Podem achar que está a ser demais, mas na realidade se não fosse o Referendo do dia 11, dificilmente este blog voltaria a dar notícias antes de eu me tornar uma emigrante.

Tenho sido um pouco fastidiosa, eu sei! Mas o facto de em cada 3 postagens, 4 falarem de aborto, é simples: a minha condição de “emigra” não me deixa votar dia 11 de Fevereiro.

Assim, tenciono tentar “converter” um voto do Não num voto do Sim.

(O que acho muito complicado!)

Lembrem-se que a pergunta não é: Faria um aborto?

Mas sim: Deveremos continuar a descriminar e prender mulheres, só porque elas acham que naquele momento não puderam dar o que querem ao seu filho?

Na realidade, não é nenhuma das duas, é esta: Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

Eu, interpreto a questão da segunda forma.

Friday, February 02, 2007

Que mau ambiente!


Mudei de assunto: agora estou um pouco política e ambientalista, e menos “abortista”!