Tuesday, December 18, 2007

Era uma vez em Lisboa

Na série isto já parece este blog:

Hoje levantei-me as 7h45, pois a minha mãe estava a arrumar os 2 tachos, os 4 pratos, os talhares (cerca de 15), os 6 copos e as 4 canecas que pôs a lavar na noite anterior a seguir ao jantar (sopa de nabiças, bife de alcatra com arroz de passas brancas e salada).

Tomei banho com a minha esponja de rede cor-de-rosa com gel de duche Vasenol de amêndoas e mel e shampoo e amaciador Organics verde. Vesti as calças caqui e a camisola cinzenta prenda da Tia Alzira (Obrigada Titi!)

Como tinha algum tempo livre tomei o pequeno almoço (uma torrada com marmelada e leite com café) em frente à televisão a ver o Bom Dia Portugal, onde estavam a dar notícias sobre a operação Noite Branca.

Resolvi mudar de canal e fiquei cerca de 30 min a ver as séries do AXN.

Sai de casa as 9h17 só para me sentir útil e foi ao mercado a 57,3 metros da minha casa comprar peixe fresco: carapau e peixe espada. Gastei 13,5€, fogo quem diria que o peixe é assim tão caro. Demorei exactamente 26 minutos no mercado, vim por o peixe a casa. E voltei a sair e fui dar uma volta à baixa.

Apanhei o metro na linha verde que demorou exactamente 15 minutos a deixar-me na Baixa-Chiado. Andei por lá umas 2 horas, mas não havia nada de jeito. Voltei para casa no eléctrico 28 que apanhei no Martim Moniz. Por volta das 13h22 fui almoçar em casa, canja de galinha e uma posta de peixe espada assado com batatinhas com casca.

Abri a caixa do correio e maravilha das maravilhas uma conta da luz, o folheto da Media Market e... um super postal de natal da escola onde eu tirei a carta de condução.

À tarde não fiz muita coisa de interessante.

Aviso: Qualquer semelhança com a realidade (não) é pura coincidência.

Hoje acordei assim...

Saturday, December 15, 2007

Perdi a cabeça

E comprei uma gramofone na feira da ladra.

Sinto-me tirada de um filme dos primórdios do cinema sonoro.


Tuesday, December 11, 2007

Ik ben van Gent


Na minha curta visita a Gent a semana passada vi a estrela deste filme (Steve ou Titus De Voogdt) a passar na sua bicicleta na Veldstraat.

Senti-me importante por pensar que as estrelas flamengas são de Gent e andam de bicicleta.

A louraça é Sky or Delfine Bafort. E também é de Gent.

Tuesday, November 27, 2007

Milagres

Na sequência deste post do Miguel eu queria aqui deixar duas sugestões musicais: a primeira para o post em si, e a segunda para os comentários ao post.

(Para ouvir as músicas clicar no botão de play na barra cinzenta que aparece depois da música)

Monday, November 26, 2007

Music&Film

Mullholland Drive by David Lynch & Llorando by Rebeca Del Río

I started with David Lynch because is one of my favorite directors (alive).
I started with Llorando because when I first saw this movie I realized how touching can a song be.

Yo estaba bien por un tiempo,
volviendo a sonreír.
Luego anoche te vi
tu mano me tocó
y el saludo de tu voz.
Y hablé muy bien de tu
sin saber que he estado
llorando por tu amor
Luego de tu adiós sentí todo mi dolor.
Sola y llorando,
llorando

No es fácil de entender
que al verte otra vez
Yo seguiré llorando

Yo que pensé que te olvidé
pero es verdad es la verdad
que te quiero aún más,
mucho más que ayer.
Dime tú qué puedo hacer
no me quieres ya
y siempre estaré
llorando por tu amor

Tu amor se llevó
todo mi corazon
y quedo llorando
llorando

por tu amor.

Monday, November 19, 2007

Thursday, November 15, 2007

Monday, November 12, 2007

In mijn stad


Wat Gentse Feesten kan doen (O que o Gentse Feesten pode fazer)

Num dia de Outono atipicamente solarengo e quente chego à praia no fundo daquele falésia. Fazia mais de 9 meses que não enterrava os pés naquela areia grossa de mensagens na garrafa e de largos trocos de madeira entre outro entulho trazido pelo mar.

As ondas atipicamente calmas desenrolavam-se silenciosas na areia.

Sentei-me na esplanada de madeira do café atipicamente aberto. E com os pés no varandim desenrolo o projecto cachecol e faço a minha malhinha de Inverno-que-não-chega até o sol desaparecer lentamente no mar e pintar a esplanada daquela luz laranja, e o mar ficar como uma salva de ouro espelhada.

O último raio de sol invade-me de paz como uma bala 9 mm.

O cachecol cresceu mais uns centímetros. Volto a casa e como castanhas e batata doce.

Sunday, November 04, 2007

Hey DJ bota som na caixa, pó!

Se era óptimo acordar com o banho matinal a ouvir “Enjoy the Silence” dos Depeche Mode na Lieven de Winnestraat 25...
Se é fácil decidir entre uma rádio Holandesa e uma rádio Belga (Flamenga)...

Tudo se torna subitamente mais fácil ao Domingo de manhã quando no rádio da casa de banho está a bombar Bonobo.

Ainda não há melhor rádio que a Rádio Portuguesa!

Aqui fica a música que bombava hoje de manhã na Rua Maria 10
(Ficam dois videos: para quem desconhece e para quem conhece era “Nightlife” que bombava)

Thursday, October 25, 2007

No meu bairro...


Admito, que a mulher que escreveu esta mensagens faltou a algumas aulas do ensino básico, mas não perdeu nem uma lição da vida.

Sunday, October 14, 2007

Friday, October 12, 2007

Tuesday, October 09, 2007

Thursday, October 04, 2007

É bom

É bom jantar na tasca de sempre. Com as amigas de sempre.

É bom voltar àquele espaço onde a música electrónica ecoa na proa dos navios cargueiros.

É bom ouvir jazz num outro espaço que não o Hot Club de Gent.

É bom fumar Slims de Mentol e beber cerveja Sagres.

É bom voltar a ver as luzes de Lisboa ligeiramente alcoolizada.

É bom rirmo-nos por coisas estúpidas.

É bom ter a aterrorizadora sensação de não conhecer o desconhecido.

É bom reunirmo-nos. Seja qual for a razão.

Sunday, September 30, 2007

Lisboa

Sábado. Noite de Benfica-Sporting. Chuva quente.

Atravesso Lisboa ao som de Kruder&Dorfmeister no seu DJ Kicks.

Na Avenida os carros escasseiam. E passam deixando um rasto de luz branca e vermelha reflectida no alcatrão molhado.

30 minutos a andar e não se vê nenhum Português. A Baixa está temporariamente povoada por estrangeirada.

Os (olhares) portugueses estão concentrados nos cafés de bairro, na caixinha mágica, no meio de cigarros, cerveja e vinho carrascão.

Desço a Rua da Bica e deixo para trás mais um rasto vermelho do taxi que passou. Reparo pela primeira vez que o Elevador da Bica, como é diferente dos outros.

Lisboa... Até quando chove...

Saturday, September 29, 2007

Hoje

Olho pela janela e digo: Eh pá, isto hoje parece a Bélgica!

Sunday, September 23, 2007

A ti...

Que a nossa estrelinha continue a sorrir para nós.

Sorte. Sorte. Sorte.

Força campeão!

Saturday, September 22, 2007

(A naifa) -me

(A naifa) -me às 22.22.

(A naifa) -me antes de saíres. E instantaneamente antes de entrares.

(A naifa) -me quando me queres ver longe.

(A naifa) -me para me salvares. E (A naifa) -me para me afogares.

(A naifa) -me no Cabo Espichel.

(A naifa) -me assim na terra como no mar.

(A naifa) -me com todos os teus orixás e santos.

(A naifa) -me com o teu coração avariado.

(A naifa) -me.

Wednesday, September 19, 2007

Qual é a relação entre uma família disfuncional e o Outono?

O que distingue um aposentado da bolsa de New York?

Quantas vezes um comboio foi confundido com um banco de jardim?

Que tem em comum o vulcão dos Capelinhos e o Papa Bento XVI?

Sunday, September 16, 2007

There’s no love today

Um possível mote para um blog.

Ou não.



Shining, Peace Orchestra

Saturday, September 15, 2007

Banhos de Espuma

Acabadinha de chegar e apanho com isto.

Não é bom. É optimo!

Mereces mais o BlueNote do que o Shadow!


Em Lisboa

O DJ do metro do Rato é o melhor de toda a linha.

Wednesday, September 12, 2007

A Bélgica

Numa terra de reis, o meu castelo foi destruído.

Cheguei. Voltei. Mudei de casa. Discuti a tese. Cheguei.

Resumidamente foi isto que se passou na minha vida deste o último post.

E pronto. Assim acabou, mais ou menos da mesma forma que tinha começado. Com chuva e dias cinzentos.

O que ficou, não sei! Talvez mais tarde saiba.

Dizer “até já”, quando se sabe que é um “até logo” ou um “até sempre”.

Saturday, August 18, 2007

Portugal

Onde o sol e a corrupção são típicos.

Tuesday, August 14, 2007

Rádios

Era eu uma cachopita com 16 ou 17 anos quando um dia descobri uma rádio chamada Voxx. A minha cultura musical mudou nesse dia.
Os slogans: “Refugado e Hortelã o seu programa da manhã.” ou “Voxx. Dêem-nos a Antena 3 e nós fazemos uma rádio a sério.” Eram qualquer coisa que me alegrava o dia... E depois havia aquele programa apresentado pelo Rui Vargas, o “Casa, Bateria e Baixo”, apesar de muita coisa do que lá passava ser incompreensível para os tenros ouvidos, já naquela altura me apercebia que não desgostava de todo daquela música.

Mais tarde, já perto de completar 18 anos, e com um mini-rádio (da propaganda médica) que me acompanhava no trajecto casa-IST descobri, numa cinzenta tarde de Outono, perto da Praça do Chile, uma nova estação de seu nome Oxigénio. E a transformação completou-se como a metamorfose de uma borboleta. Era realmente “música para respirar”. Alegrava-me os raros momentos de publicidade. Alegrava-me a música que lá passava. E alegrava-me o facto de puder respirar música. Agora, 5 anos depois, continua ainda a ser a minha rádio de eleição (apesar de algumas mudanças no conteúdo e formato da rádio). Na verdade posso dizer que esta rádio mudou algumas coisas na minha vida musical e não só. Por exemplo alterei as minhas horas de estudo: comecei a estudar à noite, porque todos os dias entres as 00h e as 01h passava um programa (Heinekein Lounge) que me deixava possuída de tão bom que era. Mais tarde apaixonei-me pelo “Let’s get lost” apresentado por Rui Murka. Estes programas foram extintos, mas outros tantos foram criados, nem todos com a mesma qualidade, but still...

E já que falo do meu percurso radiofónico, não posso deixar de falar da Rádio Marginal, descoberta talvez uns escassos meses antes da Oxigénio, também por acaso e apesar de não ter sido paixão à primeira escuta, não posso deixar de louvar e de agradecer os grandes momentos de jazz e blues proporcionados por este magnífico “FM mais perto do mar”. Lembro-me da primeira vez que ouvi “Everybody loves the sunshine” de Roy Ayers, ou como me apaixonei por Stevie Wonder (antes da época do “I just call to say I love you”), ou por Nina Simone, Pat Matheny, Marvin Gaye, ...

Muito da minha (pouca) cultura musical devo-a a estas três rádios e às pessoas com quem tenho partilhado vivências nos últimos 5 anos.

E já que estou emigrada, falo ainda um pouco das rádios desta terra. A minha cultura radiofónica neste país está intimamente confinada ao rádio do lab, da cozinha e do duche. E infelizmente só sei os nomes de duas estações belgas: Radio 1 e Studio Brussels. Todas as estações que ouvi, apesar de roçarem o formato “Mega FM” ou “RFM” são substancialmente melhor do que as que ouvi na vizinha Holanda (para além de estes moços por aqui terem um sotaque muito mais interessante). Mas vou-me focar no rádio da minha casa de banho, que está sintonizado numa espécie de “Rádio Nostalgia” aqui do sítio, especialmente na nostalgia dos 80s e (início) 90s (o que para quem me conhece sabe que me deixa em delírio). Os tipos até têm pontaria e ouve-se desde New Order, Depeche Mode, The Smiths, The Cure, A-ha, The Clash, The Doors, Madonna (na sua época “Like a Virgin”), Police, The Who, … Eles estão lá TODOS! E digo-vos que há pouca coisa melhor do que tomar a banhoca matinal ao som de “Enjoy the silence” dos Depeche Mode.

Wednesday, August 08, 2007

Exploração

Até que enfim a impressa portuguesa fala de nós... (ler artigo)

Friday, August 03, 2007

Há quem diga que não aproveitei mais Gent, porque continuo agarrada ao passado: Lisboa, teatro, família, ...

Eu digo:
Não há coisa melhor do que ouvir Verdes Anos de Carlos Paredes, ou Adoro Lisboa de Madredeus, nesta cidade a que chamam Lissabon à minha Olissipo.

Esta é a minha cidade que tanta falta me fez nos últimos meses. Este é uma “coisa” que não consigo defenir. O cheiro dos mangericos e das sardinhas assadas faz-me falta.

Lisboa tem histórias de reis,
De mares e de selvas
Lisboa tem histórias de hotéis,
De espiões e de guerras
Lisboa tem lendas de heróis,
Princesas, donzelas
Lisboa tem lendas do cais,
Do fado e navalhas;

Lisboa tem a tradição,
Dos bairros antigos
Vinho e saridnhas no verão
à beira do rio
Lisboa tem os rés-do-chão
E as altas mansardas
E há que descer e subir
Por estreitas escadas

Adoro Lisboa,
Eu quero-lhe bem,
Gosto de ver as gaivotas nos céus de Belém.

Adoro Lisboa,
E as histórias que tem
E sei que há muita gente
Que adora também

Sim, sou alfacinha, e “não sou uma saladinha porque não tenho tomatinhos”.

Wednesday, August 01, 2007

Como se perde em cinema

Ontem foi um dia triste. Para o cinema e para mim. Aqui fica a minha homenagem a duas grandes individualidades do Cinema.



Tuesday, July 24, 2007

Há Gent(e) no Gentse Feesten 2

  1. Pay to pee (0,40€)
  2. Don’t pay to pee and go peeing behind the cars.
  3. Think in advance how you want to get drunk at night. Especially if you don’t drink beer. Have 6 cans of 0,5 L of Jupiler or 3 L of wine at home.
  4. Regarding the point 3, feel the decreasing of weight and volume on you bag during the night.
  5. Drunk people at 6 pm.
  6. Drunk people at 6 am.
  7. Turkish Tea. Twice.
  8. João
  9. Maria
  10. Dennis, Marie and Irene.
  11. “I’m destroyed”
  12. Bacalhau à Brás
  13. Picture time
  14. Sex in the middle of the street.
  15. National (?!) day.
  16. Belgium is not a country.
  17. Pain.
  18. 2many people
  19. Boomtown and Bonobo
  20. Bonobo has a really hot singer
  21. But a hotter bassist
  22. E para 22ª:O AMOR NÃO ME ASSISTE!

Há Gent(e) no Gentse Feesten


Quando as saudades dos Arraiais do Técnico já começavam a acenar à janela do coração, vem o 2 noites espectaculares de Gentse Feesten com a Maria.

Desta vez, não houve bombeiros. UFA!

Thursday, July 19, 2007

Tudo isto é Gent(e) (#4)

Na Lieven de Winnestraat:

Left is not right
Right should be left

Haverá rua melhor onde se viver?

Friday, July 13, 2007

Blue Note Records Festival (10 remarks)

  1. Pay to pee (0,50 €)
  2. Too short concerts (1h – 1h20)
  3. Amazing bass guitar on Eric Truffaz
  4. Notable bass, sax, drums, voice on The Cinematic Orchestra
  5. Wonderful VJing at DJ Shadow DJ set
  6. Perfect image quality (those HDV cameras were something…)
  7. Perfect people around me
  8. Too expensive wine
  9. Too quite audience
  10. Koop made a concert exactly the same as they did it in Casino de Lisboa


Que bom é preparar um refugado ao som desta música.

Tuesday, July 10, 2007

É já amanhã

17h00 - Koop


19h00 - Eric Truffaz feat Ed. Hardcourt
21h00 - The Cinematic Orchestra


23h00 - DJ Shadow

Tuesday, July 03, 2007

Monday, July 02, 2007

Cidades que Gosto

Roma, Itália

Cidades que Gosto

Porto, Portugal

Modos

Porque as vezes estou em modo shuffle. E outras vezes estou em modo repeat.

Independentemente disso: gosto de ti.

Friday, June 29, 2007

Aviso

Pai, Mãe e Mano
Tirem os autocolantes/ imens do frigorifico, aqueles que dizem “Frita o Cherne, antes que ele te frite a ti”. Não vá o Durão Barroso, dar uma político português e nos expulse da Europa.

Depois do Charrua, Celeste Cardoso.

Viva o 28 de Maio (de 1926).

Wednesday, June 27, 2007

Pudins

Apetece-me pudim mandarim,
E negar-me a mim,
Apetece-me pudim flã,
E fugir do meu clã,
Apetece-me pudim d'ovos...
Apetecem-me estímulos novos.


É bom receber a mailing list da Rádio Zero (antiga RIIST, Rádio Interna do IST).
É bom receber uma quadra ao Santo Pudim.
É bom ouvir José Mário Branco e o FMI.


Obrigada Rádio Zero!
Colegas, Camaradas e Amigos da SF (Secção de Folhas).

Monday, June 25, 2007

Saturday, June 23, 2007

Pensamento do dia

Vindo directamente de um (ainda) amigo virtual, Fred.
Obrigadinha, é o que lhe desejo!

Friday, June 22, 2007

A revolução não passa na televisão

A revolução não passa na televisão. Nem na rádio. Nem nos jornais.

A maioria dos que (ainda) lêem este blog receberam o meu e-mail.

Quero dizer que os blogs são das maiores e melhores invenções da actualidade. Esta é a forma de informação mais consumida em todo mundo. Todos os dias.

A televisão, as rádios e os jornais têm donos e patrões, e empregados (a quem chamam jornalistas). Em suma, a informação é um negócio. Ou melhor, foi um negócio.
A blogesfera é um meio de comunicação a cima de qualquer influência política, de qualquer acessor de imprensa, de qualquer editor, de qualquer jornalista. "Porque os bloggers não precisam dos visitantes para comer."

Sobre o caso “Do Portugal Profundo” muita tinta irá correr, ou melhor: muitas teclas irão ser batidas.

O facto do professor do Instituto Politécnico de Santarém ter sido constituído arguido e testemunha no processo do Dossier Sócrates, não foi por acaso.

A gentinha que anda na política, as pedras nos sapatos e os pelos encravados na virilha incomodam. (muita gente). Na terrinha desta gentinha os honestos e leais são decapitados em praça pública. E servem de exemplo para os que se atreverem a querer saber mais do que o acessor de impressa tiver para dizer. Ou seja, se queres saber a verdade, das duas uma: ou te calas, ou te calas.

Mas a questão que me coloco é: porquê o doportugalprofundo e não a grandelojadoqueijolimiano? A questão é simples: Lei da natureza. A leoa atacará primeiro a enfezada gazela, e só em último recurso atacará o búfalo.
O que é mais fácil de amachucar: um professorzeco de um politécnico (não estou a por em causa as qualidades do Professor e do Instituto) ou um grupo de (chamarei-lhes apenas) funcionários do Ministério Público?

A resposta parece-me simples: A revolução não passa na imprensa.

Ornatos Violeta

Quero ser só
E quero ter só algo mais
Que eu nada sou sem companhia
Diz-me quem eu sou como se o nao fosse
A rua quebra-me a forca negativa
Sorrir
Nao é pera doce
Diz-me quem eu sou como se o nao fosse

Matei o monstro da monogamia
e a minha vida parou na letra S

Ornatos Violeta

Quem diria,
Que um dia,
Voltava a ver Raquel
Fiquei parado e pouco lhe falei...
Há quanto tempo não te via?
Julguei então já ter estancado a hemorragia
Mas ao que eu vejo que o tempo não passou..
Como era bom, contar-te o que eu sentia
Mas vejo que a conversa vai ficar para outro dia,
Por hora só me sai:
Raquel

Thursday, June 21, 2007

And what to do when the Blue Note + Gentse Feesten is finished?

I would suggest that you should take you luggage and catch a flight to Faro or Lisbon, and a bus to Sines.

FMM (Festival de Músicas do Mundo) or in english World Music Festival is there, under a beautiful scenery of Alentejo shore (Costa Vicentina), and the Peach-tree island on the horizont.

I remember my 1st time on the festival: all the concert for free (now to go to the castle you have to pay 10€ per day), a lot of punks, a lot of wine and beer, a lot of nights on the beach, a lot of days at the sun, a lot of unknown but good music, a lot of peace, ...

In the last 4 or 5 years, just the ticket price has changed.

A few group that were there in the latest years: Tom Zé, Hermeto Pascoal, Critina Branco, Brigada Victor Jara, Femi Kuti (Fela Kuti' son), Skatalites, Marc Ribot (Tom Waits and Arto Lindsay guitar player), KTU (Kimmo Pohjonen's band), Lula Pena, Warsaw Village Band, Astrid Hadad, David Murray…

So, if you are looking for a chilled and peaceful days under a hot sun, and listen for sure good concerts, just show up at Sines or Porto Corvo between the 20th and the 28th of July ( the last four days are the best).

For more info: http://www.fmm.com.pt/english/index.htm

Wednesday, June 20, 2007

Quem é que se lembra dele?


Lembram-se deste canito?
Lembram-se dos “veteranos” nos escreverem o seu nome na testa?
Lembram-se de o ver vaguear pelo Central?
Lembram-se do Nabunda?

O tempo (não) passa (assim) tão devagar...

Belgas

Os belgas são como as laranjas da alameda do IST

São lindas, grande e de aspecto tentador. No entanto, o seu sumo azedo, ou a ausência deste, fazem com que a única utilidade das laranjas naquela instituição seja “jogar à laranja” (especialmente nos arraiais).

Monday, June 18, 2007

João (#2)

Pequenos prazeres belgas (#6)



Quem não se lembra de K’s Choice, não teve uma adolescência a maneira! Foi das primeiras bandas que fui fã, depois dos Onda Chock, dos Ministars e do Balão Azul.
Não! Não tive um gap de mais ou menos 4 anos sem cultura musical, houve para aí umas fase rock que começou no Bon Jovi e acabou com os Nirvana, por volta da altura de K’s Choice.

Agora defino-me como uma pessoa ecléctica.
E para comprovar têm sempre os meus quase 90 GB de música, mais umas centenas de CDs e DVDs, onde podem encontrar desde os hits dos anos 80, que tão felizes nos fazem (não é Rita?) até Alphex Twin, passando por Madredeus, Feist, Cake, Ornatos, Caetano(s), e companhias limitadas.

Mas tudo começou (mais ou menos) com os K’s Choice.


E os K’s Choice são belgas!

Sunday, June 17, 2007

O Mistério do Coupure Links

Eu sei que tinha prometido… Mas vou quebrar a promessa e falar do mistério que se instalou no lab.


Então diz que há um tal de um Sir Ed Blackether que anda a deixar mensagens no quadro do coffee room do estilo “ Life without LIMAB (o meu lab) is like ice cream cookies without ice cream”. Isto a uma média de uma mensagem por dia.
Depois também há os bilhetinhos deixados na product room por debaixo dos frasco do dicloro-benzeno, e de outros químicos que tais.
E ainda há as cartas de despedida, deixadas na coffee room, com erros ortográficos.
E por fim uns mails.
O pessoal do lab. anda louco por saber quem é este Sir Blackether, de tal forma que andam a verificar IPs para saber de onde vêem os mails.
Todos os dias há novidades sobre este amigo secreto do lab., e todos os dias me perguntam qual é o meu palpite sobre este assunto quente. De tal forma, que já há estatísticas actualizadas em cada dois dias.

Finalmente um assunto extra-trabalho, que não o tempo!

Pequenos prazeres belgas (#5)

Tuesday, June 12, 2007

Hoje

Hoje é dia 12 de Junho.

Hoje é noite de Santo António em Lisboa.

Hoje as ruas enchem-se de gente, sangria, vinho à pressão, cerveja, sardinhas assadas, pão com chouriço, bailaricos...

Hoje é uma noite longa.

Hoje gosto de ti. Há dois anos atrás gostava de ti.

O cheiro dos mangericos e das sardinhas assadas é hoje um cheiro que quero recordar. Para sempre.

Palmilhar as colinas de Lisboa, de mão apertadas com força (para não nos perdermos), é hoje uma acção que quero repetir.

Ver os altares de St. António que as velhas dos bairros põem à janela.

E descobrir novas ruas. Ruas que só existem no St. António.

E descobrir escadinhas.

E descobrir largos e eiras.

Essa Lisboa do povo rude, simples, crente, querente e carente.

Quero-te. A ti e Lisboa.

João

Wednesday, June 06, 2007

Círculos de gelo


Ocasiões de ladrões. Ladrões de corações.

Destinos que se cruzam, intercalam, amaçam, entrelaçam, num círculo gelado.

Quando o amor é tudo na vida, e tudo para a vida.

Os círculos que se fecham em palavras capicuas.

Los amantes del círculo polar, de Julio Medem, 1998

Vícios

Green Wing, uma série britânica absolutamente excepcional.

Um dos meus anti-depressivos diários.

Uma dose de 50 minutos de humor, que revitaliza o corpo e a mente.

Wednesday, May 30, 2007

The Revolution Will Not Be Televised

No rescaldo do encerramento da RCTV (ler).


You will not be able to stay home, brother.

You will not be able to plug in, turn on and cop out.

You will not be able to lose yourself on skag and skip,

Skip out for beer during commercials,

Because the revolution will not be televised.



The revolution will not be televised.

The revolution will not be brought to you by Xerox

In 4 parts without commercial interruptions.

The revolution will not show you pictures of Nixon

blowing a bugle and leading a charge by John

Mitchell, General Abrams and Spiro Agnew to eat

hog maws confiscated from a Harlem sanctuary.

The revolution will not be televised.



The revolution will not be brought to you by the

Schaefer Award Theatre and will not star Natalie

Woods and Steve McQueen or Bullwinkle and Julia.

The revolution will not give your mouth sex appeal.

The revolution will not get rid of the nubs.

The revolution will not make you look five pounds

thinner, because the revolution will not be televised, Brother.



There will be no pictures of you and Willie May

pushing that shopping cart down the block on the dead run,

or trying to slide that color television into a stolen ambulance.

NBC will not be able predict the winner at 8:32

or report from 29 districts.

The revolution will not be televised.



There will be no pictures of pigs shooting down

brothers in the instant replay.

There will be no pictures of pigs shooting down

brothers in the instant replay.

There will be no pictures of Whitney Young being

run out of Harlem on a rail with a brand new process.

There will be no slow motion or still life of Roy

Wilkens strolling through Watts in a Red, Black and

Green liberation jumpsuit that he had been saving

For just the proper occasion.



Green Acres, The Beverly Hillbillies, and Hooterville

Junction will no longer be so damned relevant, and

women will not care if Dick finally gets down with

Jane on Search for Tomorrow because Black people

will be in the street looking for a brighter day.

The revolution will not be televised.



There will be no highlights on the eleven o'clock

news and no pictures of hairy armed women

liberationists and Jackie Onassis blowing her nose.

The theme song will not be written by Jim Webb,

Francis Scott Key, nor sung by Glen Campbell, Tom

Jones, Johnny Cash, Englebert Humperdink, or the Rare Earth.

The revolution will not be televised.



The revolution will not be right back after a message

bbout a white tornado, white lightning, or white people.

You will not have to worry about a dove in your

bedroom, a tiger in your tank, or the giant in your toilet bowl.

The revolution will not go better with Coke.

The revolution will not fight the germs that may cause bad breath.

The revolution will put you in the driver's seat.



The revolution will not be televised, will not be televised,

will not be televised, will not be televised.

The revolution will be no re-run brothers;

The revolution will be live.

The revolution will be live.

Saturday, May 26, 2007

Duas vezes dois



Música: Pink Poetry
Video Clip: João Manso

Friday, May 25, 2007

O que o meu Portugal tem que a minha Bélgica não tem

O meu Portugal tem velhinhas simpáticas de cabalo negro que levam grandes cestas à cabeça.

O meu Portugal tem 2 autocarros diários que ligam a minha aldeia a Castelo Branco.

O meu Portugal tem grandes rebanhos de cabras no meio dos montes e vales que fazem o autocarro parar durante 10 minutos.

O meu Portugal tem publicidade institucional para os agricultores e pastores.

O meu Portugal tem pastores de boinas desgastadas.

O meu Portugal tem comida Portuguesa.

O meu Portugal tem senhoras de lenços pretos à cabeça.

O meu Portugal tem cerejas negras que como directamente da cerejeira.

O meu Portugal tem amor.

O meu Portugal tem queijo de cabra fresco com pão quente.

O meu Portugal tem broa de milho.

O meu Portugal tem caldo verde.

O meu Portugal tem histórias cor-de-rosa, e tem histórias cinzentas.

O meu Portugal tem os meus avós.

O meu Portugal tem a comida dos meus avós.

O meu Portugal tem comida feita num forno de lenha.

O meu Portugal tem sopa num caldeirão.

O meu Portugal tem longas filas no atendimento dos serviços públicos.

O meu Portugal tem manhãs soalheiras.

O meu Portugal tem papas de carolo de milho.

O meu Portugal tem ovos frescos pela manhã.

O meu Portugal tem Lisboa.

O meu Portugal tem bicas.

O meu Portugal tem o Porto.

O meu Portugal tem eléctricos amarelos.

O meu portuga tem sardinhas.

O meu Portugal tem cheiro a flores e a mar.

O meu Portugal tem Alfama, Bica, Castelo, Graça.

O meu Portugal tem a Feira da Ladra.

O meu Portugal tem o Mosteiro de São Vicente de Fora.

O meu Portugal tem velhinhas na varanda ao final da tarde que vêem as pessoas a caminhar na rua.

O meu Portugal tem ruas estreitas.

O meu Portugal tem escadinhas de pedra.

O meu Portugal é lindo.

Thursday, May 24, 2007

Jamming

Porque o sol brilha por estas bandas.



Stevie Wonder, Master Blaster (1973)

Wednesday, May 23, 2007

Rescaldo de Lisboa

Obrigada Família Manso.



17 de Maio, 23horas na Galeria Zé dos Bois (ZDB)

Sunday, May 13, 2007

Saturday, May 12, 2007

Gotas/ Drops

Gotas de chuva a brilharem como prata na pintura metalizada dos carros estacionados em frente à minha janela.

Gotas frias que caem do céu e batem furiosamente na cara.

Gotas no saco de plástico colocado estrategicamente no selim da bicicleta amarela.

Gotas que escorrem do olhos, porque sim.

Gotas de água quente no duche matinal.

Gotas pipetadas numa multichanel pipet.

Gotas musicais que compõem um Nocturno durante a noite a bater contra a janela.

Gotas coloridas que formam o arco-íris.

Gotas de leite derramado sobre a mesa da cozinha.

Gotas de chocolate quente que caem da fonte de chocolate.

Gotas de suor.

Gotas no nariz.

Gotas...

Para ti...

Wednesday, May 09, 2007

Hoje acordei assim...



Madredeus, Haja o que Houver, 1997

Monday, May 07, 2007

Afinal quem é a Alice?

Eu e a Alice numa esplanada no Vrijdagmarket


A Alice vai à feira no Vrijdagmarket

Mais Gent(e)?

Coupure (o meu canal)

St Pieterstation

Friday, May 04, 2007

Hoje acordei assim...



Jeff Buckley, "Lover,You Should've Come Over"

Wednesday, May 02, 2007

Parabéns Rita


We miss you! (Sim porque estou certa que o Tommaso Também tem saudades tuas)

Monday, April 30, 2007

Rescaldo do 25 de Abril

Porque temos uma geração de comediantes de intrevenção...

Wednesday, April 25, 2007

Cam'on, pá!

Estão 18ºC às 8.30 da manhã.
Aquecimento global e 25 de Abril.

Monday, April 23, 2007

Uma coisa (ur)Gent que tenho para dizer (#3)

Está oficialmente inaugurada a época dos S: sabrinas, sandálias e saias.




Saturday, April 21, 2007

Tudo isto é Gent(e) (#3)

Eu. Um relatório. Um laptop. Um belga. A tese do belga. Um jardim perdido entre prédios grandes. Um sábado. Um sábado de sol. Um canal. E St. Germain.

Thursday, April 19, 2007

Uma coisa (ur)Gent que tenho para dizer (#2)

O maior Escândalo é saber viver.

Só na Madeira

Se eles querem independência, eu não me importo de lhes dar a independência.

Não quero que uma região autónoma, que protege os devedores (e portanto, a subida de impostos), faça parte do meu país.

Ler artigo

Wednesday, April 18, 2007

Tuesday, April 17, 2007

Finalmente sim!

Ainda há umas arestas por limar, mas...
FINALMENTE SIM!

Palavras no Gesso (#1)

João Babão

Que estás no meu coração

Armaste-te em Cristiano Ronaldo

E agora estás todo lixado

Monday, April 16, 2007

Summertime



Summertime,
And the livin' is easy
Fish are jumpin'
And the cotton is high

Your daddy's rich
And your mamma's good lookin'
So hush little baby
Don't you cry

One of these mornings
You're going to rise up singing
Then you'll spread your wings
And you'll take to the sky

But till that morning
There's a'nothing can harm you
With daddy and mamma standing by

Summertime,
And the livin' is easy
Fish are jumpin'
And the cotton is high

Your daddy's rich
And your mamma's good lookin'
So hush little baby
Don't you cry

Saturday, April 14, 2007

Tudo isto é Gent(e) (#2)

Cerveja, Chocolate, Jazz, Sol, 25ºC, Chuva, Tese, Manhã complicadas, Laboratório, Dias de semana, Timers, Saudades, Música, Alfama, Fins-de-semana, Tardes, Anoitecer, Côr, Artigos de segunda mão, Fado, Reis, Revolução dos Cravos, Partidos de extrema direita, Lisboa, Dias de rainha, Cobertores, Distância, Dias maus, Cinemateca / Film-Plateau, Amor aos bocadinhos, Distância que aproxima, Graslei, Porque sim, Porque não, Comida Vegetariana, Lavandarias

Pequenos prazeres belgas (#4)

Beber uma cerveja à 1 da manhã no Graslei de t-shirt.

Friday, April 13, 2007

Tudo isto é Gent(e) (#1)

This morning I had a chat in English with the garbage man. He explain me some staff about the recycle system.
And the sky was blue.

This is the first day of my life



Bright Eyes

Tuesday, April 10, 2007

You're just like a dream...

Mais uma pérola com 10 anos.

Thursday, April 05, 2007

Love is…

Um dia de sol e céu azul

Um fim de tarde chuvoso com o Carlos Paredes

Uma peça de teatro projectada numa tela

Loiça dos anos 20

Um piano empoeirado

As duas da manhã num relógio de cozinha

Biblós e naperons na casa da avó Júlia

Um estilhaço de um copo de vidro

Um roupão cor de rosa

Um tipo com uma camisola vermelhas com bolas pretas

Leite quente com natas

Um dia qualquer

Um dia especial

Sardinhas junto ao Castelo

Queijo derretido dentro de uma carcaça congelada

O frio na ponta dos dedos dos pés

Wednesday, April 04, 2007

So glad to see you

Este post, é o que eu chamo “post à Rita”.

Obrigada, Steven (Pepe)!

Monday, April 02, 2007

Pequenos prazeres belgas (#3)

Gent com sol e 20ºC.

Uma tarde no Graslei.

Sunday, April 01, 2007

Obrigado por existirem...


Protejam os vossos corações porque o arranca-corações está a chegar. De 29 a 31 de Março, de 3 a 5 e de 10 a 14 de Abril o GTIST dá a conhecer a sua mais recente criação. A peça é sobre o absurdo da condição humana. Fala das relações humanas e da maneira como nos damos uns com os outros. Onze actores habitam um espaço/laboratório que é metáfora da nossa sociedade. É lá que todas as emoções se misturam e que cada um protege o seu coração e tenta roubar o do próximo. E é também lá que habita o reino do ilógico, do absurdo, do improvável, do patético, do inacreditável, do descabido e do caótico. O ARRANCA-CORAÇÕES é o universo de Boris Vian explorado pelo GTIST.

Eu não acredito, nisto....!!!!!

Desculpa Alexandre, se leres este post, pode parecer plágio. E de facto é.

Mas não consigo passar indiferente.

O 25 de Abril veio estragar este País

Onde é que estes tipos estavam antes do 25 de Abril?

Wednesday, March 28, 2007

Um grande Português... e uma data de pequenos portugueses

Foi com alguma tristeza, que abri o site do Público e vi que Salazar foi considerado pelo portugueses o maior português de sempre.

Entristece-me este povo mesquinho a quem tive a infelicidade de partilhar a minha nacionalidade, que tem memória curta, ou então que é simplesmente estúpido.

Como é que um país que ainda sofre dificuldades pelas más políticas salazaristas durante o estado novo, tem a coragem de eleger um homem de mente avarenta um melhor português de sempre?

Como é que um homem que a única coisa que conseguiu foi enriquecer à custa de uma guerra, é levado nos ombros?

Como é que as políticas do alcoolismo, conseguem ser louvadas pelo próprias pessoas, que sofrem e sofreram por causa do Estado Novo?

Como é que as pessoas que desapareceram e foram torturadas pela PIDE durante anos, são simplesmente esquecidas pelos sobreviventes?

Como é que os valores conquistados há 32 anos, como a liberdade, perderam o valor?

À partida o concurso parece-me patético, já que tem o vencedor achado à partida.

Que maior português do que Afonso Henriques? Se não fosse ele, estava neste momento a falar sobre o maior espanhol de sempre: Franco.

Um amigo italiano (amigo do PPP) disse-me um dia que Portugal precisava de um segundo 25 de Abril. Tommaso, o nome do amigo italiano, disse-me que Portugal ainda tinha muito do Estado Novo, e que, na opinião dele havia muito português, que desconhecia a liberdade. Na opinião dele, não era por estar privado desta, que a desconhecia, mas porque a liberdade tinha fugido de Portugal no dia 26 de Abril de 1974.

Porque já ninguém lhe dava importância.

Tuesday, March 27, 2007

Esse tal senhor Jesus

Há alguns paradigmas da sociedade política portuguesa que tenho dificuldade em entender.

Antes de chegar ao cerne da questão, queria saber porque é que a religião ainda é confundida com a política, quando já lá vão alguns aninhos desde que Portugal se declarou um estado laico. No entanto, os feriados associados à religião católica continuam a ser comemorados, enquanto que os dias festivos de outras tantas comunidades que têm chegado a Portugal no últimos 10 a 20 anos continuam a ser ignorados.

Note-se, que não quero com isto dizer que vamos comemorar todos os dias festivos de todas as religiões do mundo, no entanto há religiões como o islão e o hinduísmo que têm já uma enorme comunidade de crentes a viver em solo português. Assim, parece-me no mínimo discriminatório, que estas pessoas não tenham direito a comemorar os seus dias santos, a não ser que abdiquem de dias de férias.

Mas focando-me no assunto que queria escrever...

Nunca entendi porque é que o CDS-PP (Centro Democrático Social – Partido Popular), partido fundado por Diogo Freitas do Amaral, Adelino Amaro da Costa e Basílio Horta inspirado nos ideias da Democracia Cristã, se senta à direita no Parlamento.

Ok, é um político conservador e/ou liberal clássico, e daí ter um assento parlamentar à direita. Mas então, não entendo o “Democracia Cristã”.

A palavra “cristã” deriva de Cristo. E se não estou enganada Cristo é Jesus. E se não caio em erro Jesus era um senhor que viveu ha 2007 anos atrás, e é por causa deste senhor que não trabalhamos no dia 25 de Dezembro, nem a Sexta-feira antes da Páscoa.

Mas o que realmente importa em relação ao senhor Jesus, não são os feriados nacionais que a sua existência trouxe, mas os ideais que este senhor falou.

Ao pé do Jesus, Marx, Lenine, Trotski, Stalin, Woodcock, entre outros são uns meninos a jogar ao peão.

Sempre me lembro de ouvir dizer que os ideias de esquerda nasceram com as revoluções liberais francesas, e cresceram com Marx, no entanto o primeiro homem de esquerda de que o mundo tem registo foi Jesus.

As histórias que ouvia na missa em que o Jesus desempenha o papel principal, fazem-me lembrar as batalhas do Salvador Allende no Chile entre 1970 e 1973. O livro de capa vermelha presente em qualquer missa que se preze, podia ser o manual do comunismo, ou até mesmo do anarquismo (no sentido estrito da palavra, e não no sentido depreciativo da mesma).

Se prestamos atenção ao movimento comunista dos anos 70, podemos verificar que o cabelo comprido e a barba orgulhosamente exibida pelos seguidores do movimento vermelho, não pode ser só coincidência.

Só não entendo, porque é que os seguidores portugueses do Jesus, são tradicionalmente pessoas de direita, que apelam à desigualdade social, têm alguma repulsa quando se a palavra de ordem é “inovação” ou “mudança”, e que se intitulam a si próprios conservadores.

Pois para mim...

Jesus foi um anarquista.

Jesus foi um comunista.

Jesus foi um socialista.

Jesus foi de esquerda.

Tuesday, March 20, 2007

Esquece tudo o que te disse


Azambla's quartet


A sensualidade da senhora vale por quase tudo.
A letra da música e o filme vale pelo resto.

Quanto te afundares, podes ter a certeza que o céu se volta a abrir uma última vez só para ti.

Porque o maior escândalo é saber viver.

Wednesday, March 14, 2007

Estás enganado, o caminho é para o outro lado!

Há poucos nesta vida que sabem como é que isto começou...

E para quem (não) pensou que isto será um blog que relata as minhas vivências da minha (suposta) emancipação, escrevo este post.

Para os distraídos que pensam que o blog existe porque estou emigrada: desenganem-se.

Para os ambiciosos que esperam que isto seja um blog interessante: não esperem grande coisa.

Para os cuscos que queriam que isto se torna-se num diário: também não o é nem será.

Como escrevi há uns posts atrás (ver aqui) o blog não tem pretensões de ser alguma coisa, é só um blog: não é um foto-blog, nem um video-blog, nem um blog literário, nem um blog político, nem tão pouco um blog intelectual.

É só o um blog.

O blog não foi criado porque vim para Gent, mas inevitavelmente a minha estadia cá traz (naturalmente) experiências novas que gosto de registar aqui.

Para os cuscos, que insistem em visitar o blog e tentar encontrar alguma bisbilhutice por aqui, o blog foi criado no dia 14 Julho de 2005 (podem verificar isto no fundo da barra lateral), numa festa de re-inauguração da casa da Inês e da Joana no número 47 de uma rua de um pitoresco bairro de Lisboa. A conjuntura que experienciava na altura incentivava-me constantemente à criação de um blog. E deixei-me levar pela conjuntura. E a pior parte: o nome? Que nome melhor para um blog, que foi criado só porque a situação assim o exigia do que Já Tenho Um Blog? Sim, há inúmeros outros nomes bem melhores do que este, mas naquela noite de 14 de Julho de 2005 a conjuntura aprovou este nome.

Nestes quase dois anos, o blog passou por fases complicadas (incluindo problemas de estética, e identidade), sendo que ainda não foi registada nenhuma fase boa na vida do blog.

No entanto ainda é cedo para o encerrar.

Porque ainda preciso dele.

Porque ainda há muita coisa que quero mostrar ao mundo, coisas que todos sabemos, mas às vezes nos esquecemos que elas existem.

Porque ainda tenho mais recordações para contar.

Porque isto é sobretudo um espaço meu, e vosso (porque vocês também fazem parte de mim).

E porque continuo a gostar de contribuir para a imperfeição do mundo.

Pequenos prazeres belgas (#2)

Ouvir Carlos Paredes num sábado a noite enquanto deambulo com a Alice por entres canais e as ruas desertas de Gent.

Saturday, March 10, 2007

(Tu és) Totalmente Demais



Linda como um neném
Que sexo tem, que sexo tem?
Namora sempre com gay
Que nexo faz, tão sexy gay
Rock'n'roll?
Pra ela é jazz!
Já transou..
Hi-life, society
Bancando o jogo alto!

Esperta como ninguém
Só vai na boa
Só se dá bem!
Na lua cheia tá doida..
Apaixonada, não sei por quem!

Agitou..um broto a mais
Nem pensou..Curtiu, Já foi!
Foi só pra relaxar
Totalmente demais, demais...

Sabe sempre quem tem
Faz avião, só se dá bem!
Se pensa que tem problema
Não tem problema
Faz sexo bem!

Seu carro é do ano, seu broto é lindo
Seu corpo tapete do tipo que voa
É toda fina, modelito design
Se pisca Hello! Se não da bye bye!
Seu cheque é novinho, ela adora gastar
Transou um Rolling Stone no Canadá
Fazendo manha, Bancando o jogo
Que mulher!
Totalmente demais!

Totalmente demais...

Tuesday, March 06, 2007

Pequenos prazeres belgas (#1)

Andar de bicicleta pelas ruas e canais de Gent, enquanto como uma waffle quentinha com canela e açúcar de confeiteiro, e ouço The Awakening of a Woman (The Cinematic Orchestra).

Eu por cá

Escrevo do Laboratório Grande do LIMAB.

Estou a fazer um estudo cinético: optimização das condições operatórias de uma determinada enzima (para os interessados: naringinase na sua função de glucosidase).

O trabalho em si nem dá muito trabalho, mas é secante porque tenho de andar com um timer atrás que apita a cada 5 minutos e o procedimento é sempre o mesmo.

Em relação aos meus “colegas” são gente normal, no entanto há um grupinho que insiste em falar em flamengo quando eu estou na sala do café.

Para alegrar os meus dias de trabalho (só tive 2, mas já deu para tirar ilações) existe um avozinho muito simpático, que felizmente é o manda-chuva do sítio.

A minha coordenadora é uma tipa cheia de tiques e manias, o que não impede de ser uma tipa simpática e prestável, desde que tenhamos sempre as coisas limpa e arrumadas s no sitio devido. A jovem (tem aproximadamente 26 anos) dá aulas aos alunos de Eng.ª Biológica aqui do sítio. Tive a contar como costumavam decorrer as nossas aulas e os nossos laboratórios, e a Karen (a minha coordenadora) disse: Felizmente, na Bélgica os alunos são calminhos.

E pronto, tenho de ir porque o timer está a apitar de novo!

Monday, March 05, 2007

O amor é... (#2)

Eu vivi na Cidade (de) Manchester

Tinha 3 anos quando me mudei para Rua Cidade Manchester, a minha casa ficava no número 10, ao fundo das escadinhas amorosas que tão bem caracterizam aquela rua no bairro da Penha de França em Lisboa.

Eu das primeiras vez que fui à praia (Julho 1985)

Não me lembro da mudança de casa, e tenho poucas lembranças da minha primeira morada, nos subúrbios de Lisboa. Da casa de Odivelas (sim, na verdade sou uma saloia) tenho apenas a recordação do meu quarto (interior), de uma porta de foles que ligava à sala, e de ter uma televisão a preto e branco.

Eu quando era "saloia"

Da minha casa na Rua Cidade Manchester tenho muito mais recordações.

Lembro de ter um quarto branco com muita luz, virado para as escadinhas, e que das janelas entravam os ramos da tília velha que existem ao fundo das escadas. E dos seus ramos serem cortados uma vez por ano. Pela Primavera, lembro-me de olhar a rua pela janela, porque os meus problemas do foro alergológico não me permitia apanhar “o pó das tílias”. Lembro-me de coleccionar frasquinhos de vidro com algodão húmido e sementes de feijão e começar a entender o fenómeno da germinação.

As festas de anos eram passadas entre as correrias nas escadinhas e no miradouro, que actualmente está muito degradado. Das festas de anos lembro-me das projecções de slides da Branca de Neve e da Cinderela, de um doce fantástico que a minha mãe fazia com o resto dos bolos das festas, e de coleccionarmos livros de banda desenhada do Luke e Luke e do Tintin, e os famosos “Uma Aventura”, “Os Cinco”, e outros tantos livros que marcaram a nossa infância.

As festas de anos

Os fins de tarde eram passados na companhia do Pedro, um miúdo mais velho que o meu irmão uns 2 anos, que viviam no 3.º andar do simpático número 10 da Cidade Manchester. O Pedro era possuidor de uma vasta colecção de brinquedo e jogos, entre os quais o Subuteo e a vastidão de Playmobil. Eu era mais fã do Playmobil, enquanto que o meu irmão era fã do Subuteo. Na realidade eu era fã do Pedro, já que ele protagonizou a minha primeira paixão platónica, mas isso fica para contar noutra oportunidade.

Eu e o meu mano (Diogo) eu devia ter uns 6 anos, e ele uns 8 ou 9

Foi também nesta casa, não sei bem com que idade, que tive o primeiro contacto com a morte. Ou melhor, os primeiros contactos da morte. Não sei se ordem é a correcta ou não, mas lembro-me de acordar com o toque do telefone (daqueles pretos quando ainda se discavam os números, e que faziam o tradicional trim-trim) e pouco tempo depois a minha mãe disse-nos que o Primo Vítor tinha tido um acidente. Lembro-me de imaginar, como se estivesse no cinema, como teria sido esse acidente, e deitada na cama do meu irmão olhava para as portadas fechadas do quarto do meu irmão. Depois (ou antes) foi o meu bisavó, o avó Sebastião (o que me dava rebuçados em forma de hemácias - que contarem num outro post), e lembro-me do meu pai nos sentar, a mim e ao meu irmão, em cada uma das duas grandes pernas e nos contar que o nosso avó estava muito doente., enquanto que eu imaginava o que as pessoas faziam quando iam para o céu. Sei que não fiquei muito traumatizada e que de certo modo tenho boa ideia desses acontecimentos de vida menos felizes.

Mas voltando as recordações mais felizes.

Quando os meses quentes chegavam, e a temperatura mínima durante a noite eram uns 25ºC, saíamos a noite e íamos andar de Cacilheiro, beber refrescos para as esplanadas dos bairros de Alfama, Graça e Castelo.

Em Julho, fazia praia na Costa da Caparica (na Paria do Castelo) e os meus primos mais velhos de Castelo Branco vinham passar uma temporada a nossa casa. Durante este meses, a seguir ao telejornal davam os videoclips da Dina, dos Da Vinci, e outros que tal que tão bem marcaram os finais dos 80’s... A seguir fazia um esforço herculo para ficar acordada e ver os Jogos Sem Fronteiras, apresentados pelo Eládio Clímaco.

Os Da Vinci

Numa noite de Dezembro, a poucos dias do meu 5º ou 6º aniversário, o prédio ao lado (o número 12 na Cidade Manchester) ardeu. Fui acordada a meio da noite pela minha mãe, que me levantou dos lençóis quentes, calçou os primeiros sapatos que apanhou e nos pós na rua. Na rua juntou-se um aglomerado de vizinhos, e no meio da confusão e do meu metro de altura perdi-me da minha família, alguém me deu um blusão de canga para vestir, e assim fiquei a ver o número 12 a arder, enquanto que o meu prédio era evacuado. Pouco depois já estava de novo nos braços da minha mãe, e umas horas mais tarde no braços do meu pai. Sei que nessa noite as minhas preocupações se resumiam a um vestido que a minha mãe me tinha comprado para a festa do meu aniversário, e com a possibilidade do precioso vestido ficar resumido a um monte de cinzas. Pouco depois, lembrei-me dos meus peluches que poderiam ter o mesmo destino que o vestido, e no que seria a minha pessoas sem o grande elefante amarelo, o Jorge. Foi mais ou menos neste turbilhão de emoções que fiquei a saber que existem seguradoras, seguros e apólices, explicados delicadamente (como a situação exige) pelo meu pai, a mim e ao meu irmão.

No dia seguinte ao incêndio, vi com tristeza os moradores do número 12 a retirem o que restava dos seus bens: um triciclo, uma mesa de cabeceira, quadros, ...

Infelizmente, o prédio ardido demorou bastante tempo a ser recuperado e agravavam-se os problemas associados à degradação do edifício, que rapidamente se alastravam ao nosso número 10, em especial para os apartamentos que ficavam “colados” ao número 12 (como era meu caso). Assim algures num mês quente (não sei se fins de Maio, ou princípio de Junho) mudei novamente de casa.

E mais uma vez empacotamos as nossas recordações em caixotes de papelão.

Infelizmente houve muita coisa que não conseguimos trazer connosco.

Como a Rua Cidade Manchester.