Bom dia Sr. Carlos Santos,
Antes de mais gostaríamos de lhe agradecer a atenção disponibilizada.
Como já lhe dissemos somos um grupo de alunos finalistas do curso de Engenharia Biológica, daí que já conheçamos (nem que seja em teoria) todas as práticas correntes na indústria de optimização dos processos de modo a que se consiga uma maior rentabilização das matérias-primas, conduzindo a uma menor perda de dinheiro.
Como é natural, sabemos perfeitamente que não descobrimos um filão de petróleo na indústria de frituras.
O facto de queremos utilizar os vossos desperdícios no nosso projecto provem de um termo designado por “Desenvolvimento Sustentável”, que segundo o Sr. Carlos Santos, foram um Parvalhões-Quaisquer, que em 1992 trabalharam na Agenda21, na famosa Cimeira do Rio, organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e definiram este termo da seguinte forma: “A humanidade de hoje tem a habilidade de desenvolver-se de uma forma sustentável, entretanto é preciso garantir as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futuras gerações em encontrar suas próprias necessidades.”
Desta agenda resultaram alguns termos como o da “Reciclagem”.
Como também é natural, já andamos investigar qual seria o impacto de por os olões na esquina de cada rua, como acontece no Conselho de Sintra (caso ainda não saiba), também já andámos a investigar qual seria o crescimento da reciclagem de óleos usados caso fosse feita uma boa publicidade, com base em extrapolações na evolução de outros países que já o fazem.
No entanto, a maioria dos óleos de fritura consumidos em Portugal, estão associados à indústria de fritos. Daí o nosso interesse. Não vos queremos explorar. No entanto, caso não saiba, a agricultura intensiva associada às plantações de plantas de sementes oleaginosas, que se tem verificado ao longo das últimas décadas, tem provocado um empobrecimento progressivo do solo, e a sua consequente desertificação. Daí, novamente, o nosso interesse na reciclagem de óleos de fritura usados.
Quanto à questão do Hidrogénio com combustível, a sua proposta revela um desconhecimento total na matéria, já que ainda se trata de uma solução não viável, quer por ser altamente perigoso o seu manuseamento, quer por ainda não estar a ser suficientemente desenvolvido, quer ainda porque necessitam de motores alterados (muito mais caros).
Quando em algumas casas, como na casa das nossas mamãs, o consumidor coloca os óleos usados em garrafas bem fechadas para o mandar para o lixo doméstico, este lixo sofre uma triagem onde eventualmente puderam ser recolhidos. Se eventualmente não sofrer essa tal triagem, das três uma: ou vai para uma incineradora onde é queimado e VALORIZADO, ou vai para compostagem, ou vai para aterro (sendo que estes últimos são construídos por Parvalhões-Quaisquer que pensam na valorização dos resíduos).
Em sua casa, paga o lixo doméstico que produz, e também há uns Parvalhões-Quaisquer a fazer dinheiro “à sua custa”, seja por incineração, seja por compostagem ou aterro (com produção de biogás – metano). Nós só queremos saber o que faz com os óleos usados irrecuperáveis, porque não queremos acreditar que, desde o início de laboração da vossa fábrica, utiliza os mesmos óleos.
Felizmente já obtivemos algumas respostas positivas de outras indústrias da concorrência.
Continuamos a procurar saber como e feita a eliminação destes óleos, se os vendem e a que preço, quem são os compradores, quem recolhe estes óleos e qual e o seu destino final, se fosse possível informar-nos sobre o volume anual de fabrico, para que possamos fazer uma correlação com os óleos gastos.
Agradecemos novamente a atenção dispensada.
Com os melhores cumprimentos
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