Caro André, subscrevo as tuas palavras (não no limite do seu significado, mas cera de 87.5% do seu significado). A minha sondagem não é uma critica a portugal ou ao seu (des)governo, mas apenas uma sondagem idioa. Em vez da pergunta em questão, poderia ser: "Gostaria de usar um chapeú à Carmen Miranda?" "Sim", "Às terças", "Sim, excepto na Madeira" ou "O que é a Carmen Miranda?"
e sou a favor da inês!!! e a favor da costa alentejana e do algarve, do pastel de nata e travesseiro de sintra, dos santos pupulares e da queima de coimbra, do fado, do zeca e do variaçoes, do camoes e do pessoa, do bairro e do lux, do vinho do porto e da lisboa ás ondas, da rosa e do eusebio,das águas livres e da serra da arrabida, de serralves e da capela dos ossos, do cozido à portuguesa e bacalhau à gomes de sá!
Durante o meu Erasmus em Gent, escrevi um poema que condensa o que na altura sentia por Portugal. Ao ler os vossos comentários lembrei-me dele. Penso que vem a propósito.
"Brumas
O primeiro sol que entra, sinto a amarela luz que esvoaça gosto de sentir o açucar da língua roçar, não a de carne, não a que mexe, a língua que dançou com Camões, gosto de sentir a dança por entre os dedos, não a da carne, não a dos corpos, a língua que dançou com Camões, gosto de sentir o mel dos refrões, sentir o leito das rimas, não o dos rios, não o das águas, a língua que dançou com Camões, e quem nunca dançou com ela? quem? e quem nunca derramou no açucar da língua? quem? e quem nunca remou nos rios, nas águas? quem? não a água da água, nem os rios dos rios mas a língua que dançou com Camões, que numa dança de amarelos e vermelhos que num esvoaçar de pássaro entre rimas que num pingar de doce entre vírgulas que num sussurar de primeira luz que entra livros, fado, gomes-de-sá, o medo de existir a zurzir-nos por dentro, sabor a recado, (e quem nunca derramou no açucar da língua?) vermelho, verde, heróis de um mar outro, o sabor que ferve, levantai de novo hoje, os livros, o fado levantai de novo hoje, o segredo que foge, que num dançar de pássaro ainda se levanta por aqui a derradeira enveja.
Molero 12.12.06" in oquedizmolero.blogspot.com
Beijos e abraços a todos e parabéns pelo blogue, joana.
8 comments:
curto mt da tua sondagem m axo q falta a seguinte opção:
Que é q interessa se corre tudo mal...tão 20ºC no inverno
portugal somos nós todos, e não apenas alguns. nós fazemos daquilo o que nós (todos) conseguimos, quer isso nos doa (muito) quer não.
Caro André, subscrevo as tuas palavras (não no limite do seu significado, mas cera de 87.5% do seu significado).
A minha sondagem não é uma critica a portugal ou ao seu (des)governo, mas apenas uma sondagem idioa. Em vez da pergunta em questão, poderia ser: "Gostaria de usar um chapeú à Carmen Miranda?" "Sim", "Às terças", "Sim, excepto na Madeira" ou "O que é a Carmen Miranda?"
Errata:
Ler: Portugal em vez de: portugal
Ler: idiota em vez de:idioa
ok então, concordamos no essencial.
hahaha... gostei do debate!!!
e sou a favor da inês!!! e a favor da costa alentejana e do algarve, do pastel de nata e travesseiro de sintra, dos santos pupulares e da queima de coimbra, do fado, do zeca e do variaçoes, do camoes e do pessoa, do bairro e do lux, do vinho do porto e da lisboa ás ondas, da rosa e do eusebio,das águas livres e da serra da arrabida, de serralves e da capela dos ossos, do cozido à portuguesa e bacalhau à gomes de sá!
Durante o meu Erasmus em Gent, escrevi um poema que condensa o que na altura sentia por Portugal. Ao ler os vossos comentários lembrei-me dele. Penso que vem a propósito.
"Brumas
O primeiro sol que entra,
sinto a amarela luz que esvoaça
gosto de sentir o açucar da língua roçar,
não a de carne, não a que mexe,
a língua que dançou com Camões,
gosto de sentir a dança por entre os dedos,
não a da carne, não a dos corpos,
a língua que dançou com Camões,
gosto de sentir o mel dos refrões,
sentir o leito das rimas,
não o dos rios, não o das águas,
a língua que dançou com Camões,
e quem nunca dançou com ela?
quem?
e quem nunca derramou no açucar da língua?
quem?
e quem nunca remou nos rios, nas águas?
quem?
não a água da água, nem os rios dos rios
mas a língua que dançou com Camões,
que numa dança de amarelos e vermelhos
que num esvoaçar de pássaro entre rimas
que num pingar de doce entre vírgulas
que num sussurar de primeira luz que entra
livros,
fado,
gomes-de-sá,
o medo de existir a zurzir-nos por dentro,
sabor a recado,
(e quem nunca derramou no açucar da língua?)
vermelho,
verde,
heróis de um mar outro,
o sabor que ferve,
levantai de novo hoje,
os livros, o fado
levantai de novo hoje,
o segredo que foge,
que num dançar de pássaro ainda se levanta por aqui
a derradeira enveja.
Molero
12.12.06"
in oquedizmolero.blogspot.com
Beijos e abraços a todos e parabéns pelo blogue, joana.
João Teago Figueiredo
gostei muito =)
errata da inês: populares... não pupu!
já não sei escrever portugues... bolas! ("Português" desculpem...)
abraços também*
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